segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

The Ocean of Me


I was looking through the window
Wondering how far everything is
And how many scars people are made of
Pushing it between pain and smiles

How many heart’s will disappear tonight
– or how does it feel to feel lost and found
Wondering the price of a sentimental soul
– or the value of a pure love

Is death something normal?
– a passage to nowhere
A life above clouds and beyond states
A day with a thousand hours
A night with uncountable sleepless thoughts

Somewhere or somehow
I was lost in tracks, heavenly spoken
Barely alive when the pill’s over
Guilty comes for a new sunshine

I wasn’t made for this battle
My conclusions tried to cross the line and face the facts
Surrounded by a new dawn
Unfortunately died a long time ago
Saying goodbye to my soul

This has to ends tonight – I said
But I’ll smile instead

And cry above these pits of steel.

Fifty percent


Your true isn’t mine
Your caos won’t affect me anymore
It’s sad how things get until here
But I’m tracing the final point

The sweet of loneliness it’s quite
I hope you never get the chance to taste it
Neither I expect you have the happiness that you never deserved

Everyday I look to the mirror
It’s like an issue that I couldn’t swallow
I felt inert to the world
I remember just like yesterday

Dreaming was too much
Sleep seems too loud
I was falling apart so young
I just didn’t know

If I were a wave
I’d born into the sea ground
To toss the sand behind my back
And end uppon the beach

So I could go back to the ocean
If I were available to help
I’d save a million lives
Oh, how can I do it

– if I can’t save myself? 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Resenha do filme Amélie Poulain

Amélie claramente aponta um cenário – ambiente, foto e sonografia – bem peculiar, e não é à toa a boa fama que o filme apresenta na cena cult mundial.
 Como se trata de uma análise, começo pela música de Yann Tiersen, da qual qualquer fã de french instrumental apreciaria sem hesitar, que nos cativa pelo encaixe perfeito da melodia com o cenário, mesclando a inocência constante de Amélie Poulain em diversas situações que, de tão simplórias, ficam engraçadas; como, por exemplo, a cena da vista para a cidade e a hipótese de quantas pessoas possivelmente experimentariam o orgasmo naquele instante.
 O universo parisiense da menina encantadora, que tornou famoso o Crème Brûlée e a brincadeira com morangos, nos revela a neutralidade humana perante situações sensíveis, como deficiência, pobreza ou vulnerabilidade, das quais a pequena Poulain se faz presente e prestativa em todas as ocasiões.

Pulando todo o mergulho filosófico, o filme é uma caixinha de agrados para quem adora música, fotografia e cenografia bem planejadas, consistentes e profundas. Vale a pena para os que dizem que as maravilhas humanas estão na sétima arte.

Resenha do filme Corra, Lola, Corra.

 Filosofia, existencialismo e literatura. Essses são alguns dos temas abordados no filme Corra, Lola, Corra. Começando pela citação de T.S. Elliot e Herberger e pela trilha sonora industrial e post-punk oitentista, da qual a sacada é boa e mirada aos internautas que gostam de literatura estrangeira, não deixa nada a desejar para quem procura encher sua mala da sétima arte com conhecimento.
 Na parte técnica, tudo é subliminar e julgado de forma surreal; o modo como os acontecimentos ocorrem ao redor dos personagens prende e instiga por cenas futuras, envolvendo rapidez e simultaneidade entre o passado e presente.
As marcas expostas no decorrer do filme remetem a uma condição de capital, a fim de atrelar os slogans à popularidade no mundo real. Dentro do repertório, elas não são mais do que um ponto de referência entre os capítulos.
 O enredo lembra filmes como Quero Ser John Malkovich e Clube da Luta, que constantemente colocam em pauta existencialismo, filosofia e reflexão na corda bamba entre a fragilidade e sensibilidade racional.
 Para apimentar as coisas, ainda observamos uma ferramenta subliminarmente usada no filme, com base em teorias psicanalíticas de Freud, como a cena da idosa insultando o personagem principal, projetando na jovem o que a acusadora fora no passado. Interessante enfatizar a abertura de um baú cheio de lembranças vindas de cada personagem conforme a ofegante Lola cruza em sua missão relâmpago.

 O drama no filme é claro e a corrida contra o tempo é constante. Se você procura um filme recheado de profundidade, tensão e autoconhecimento, Corra, Lola, Corra é uma ótima pedida!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Sufoco!

Com um ar de melancolia
Astuto ele fazia aos otimismos da vida
Por vezes tão difícil de lidar com a mente caótica
Fadado à penumbra; os olhos de tigre já percorriam ao fracasso.

O mormaço passava como estilhaços de vidro em sua face
Como uma brisa leve, tudo passava;
Tudo levava,
e quanto mais o peito apertava, mais sabia que o peso da alma era insuportável ao corpo

Deixe-o ir, felicidade.
Deixe-o ir, tristeza.
Deixe-o ir, fracasso.
Deixe-o ir, sucesso.
Deixe tudo passar
Como um sopro vasto em direção ao luar.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Fome

 O homem permaneceu sentado ao lado da sua estante cheia de livros, esperando alguma inspiração para proceder com sua vida, quando, subitamente, Tomi, o menino de tramas loucas, aparecera para dialogar:
  - O senhor tem fome?
 - Estou acostumado com a sensação. – respondeu o homem, indiferente.
- Sua fome é maior que sua vontade de matá-la?
- Minha fome é um signo; um fenômeno. Sinto meu interior remoer e transformar-se como o besouro de Kafka, ou a repulsa de GH, bendita Clarice. Meus ouvidos tapam e posso ouvir minha voz vibrando por cada vértice de meus tímpanos; é como se eu estivesse preso em mim.
 - Por que o senhor não espanta a fome? – Aqui, o garoto estava impaciente, aflito pela pobre alma.
 - É difícil quando se tem uma coisa e ao mesmo tempo surge o incômodo de saciar algo que você não pode deter. Uma constante que penetra sua vida todos os dias; por escolhas erradas, frustrações e perspectivas mal elaboradas. Aqui, a minha alma permanece esfomeada e acaba refletindo em meu corpo, o estágio final, o fado de minha estrada. Não lamento, pois daqui a inspiração renasce; fênix simplória, como os deuses do Olimpo – a fúria de Delfos.
 Enaltecido e intrigado, Tomi achara seu entrevistado um tanto desvairado e de uma sensibilidade sobre-humana, então lhe perguntou:
 - Nos períodos de fome, como consegue coerência para formular suas ideias?
- Enquanto sinto meu estômago mexer, consigo travar inúmeros pensamentos. Poesias, versos, reflexões sobre a vida, sentimentos e até tenho tempo para escrever um livro mental; menos com lógica. Ah, não tenho jeito para as exatas, embora aspire admiração à Física, em especial a Quântica, Geometria e suas raízes. Einstein dizia que um pensador consegue lidar com o caos; acho uma inverdade. Com o tempo, menino, as coisas ficam bagunçadas e a mente não exerce linhas de organização, ainda bem que existem Buda, o Nirvana, Krishnamurti e seus amigos adeptos ao Samyama para consertarem meu interior. Ainda bem!
 Perplexo ao ouvir seus experimentos e sensações, Tomi jogou uma proposta curta:
 - Pelo visto, o senhor tem fome no momento. Tenho algumas coisas para lhe oferecer, podemos dividi-las.
 Com um sorriso inocente, o homem respondeu:
 - Claro, por favor. Caso eu demore mais para comer, chegarei ao estágio do sofrimento e estou evitando esta linha.
 - Sofrimento? – indagado, Tomi perguntou.
- Sim – o homem lamentou – mas vamos encurtar a história, deixe este capítulo para outra vez.
 Quando jantaram, Tomi notou que seu companheiro estava com um ar diferente, exótico e otimista, então suscitou:
 - O senhor está diferente agora. O que houve?
- Minha alma encheu.
- Através de algo tangível, o alimento?
- Pois é. Que estranho as coisas são!
- Entendo. Se sua alma encheu, seu coração..?
- O que tem? – interrompeu – não seja bobo. Meu coração está aqui, independente da situação.
- Nunca vi ninguém atrelar a fome com tamanha sensação.
- A fome tem muitos significados, talvez até seja um pouco inútil enfrentá-la num conceito filosófico, mas geralmente precisamos de algo para nos impulsionar à frente de nossa existência.
- Quando a fome vem, o que você sente primeiro?

- Um peso enorme – olhando distante para o menino, o homem, mais uma vez, suspirou – O peso do mundo.