terça-feira, 29 de maio de 2012

Verdade e Poder - Michael Foucault (Microfísica do Poder - Resenha)

 Na sociedade atual, Foucault usa a verdade como vínculo suscetível para explicar a relação entre poder e base científica, justificando com interesses econômicos e políticos. Um indivíduo perito em determinado assunto obtém instâncias para manipular um grupo social ou massa através de sua própria influência aquisitiva e discurso científico. A junção entre estes dois polos forma a chamada "concepção de verdade" contemporânea no ciclo da microfísica do poder, como, por exemplo, a votação da presidenta Dilma Rousseff sobre o código florestal para fins lucrativos, camuflando-os em conjunturas de poder, argumento e base científica (meio ambiente e progressão do desenvolvimento sustentável e preservação de espécies ameaçadas), usando argumentos de instituições de ensino superior para ser aceito como verdade não permanente, mas sim mutável.

Hora de Voltar


Hoje eu senti saudade do seu corpo no meu. E de como sua cara é linda quando eu a aperto contra meu peito, dando beijos na sua bochecha carregados de ternura e afeto. Lembrei também das suas pernas se entrelaçando nas minhas e o calor de nossos corpos bastava para combater cinco graus de temperatura.
 Lembrei-me de como é lindo quando o vento bate em seus cabelos e de como você lambe o lábio quando digo que ele é lindo. Abre um sorriso que me encanta e tem um olhar que me desarma.
 Sorri ao lembrar que nunca falta conversa entre a gente, e que compartilhar experiências vai além das relações passadas, tem uma sintonia entre nós. Uma sintonia que nos contorna entre carinhos e afinidades, melancolias e malabarismos de humor que só a gente entende.
 Chorei ao lembrar-se da nossa dança naquele quarto frio e com pouca iluminação. Lembrei-me de como a megalópole parecia uma cidade litorânea. Limpei a lágrima em meu rosto e segurei a saudade no meu peito; a saudade do seu toque, do seu cheiro e do seu jeito desatento de ser – o que também me deixa confortável, já que atenção não é meu forte.
 Hoje olhei minha polo e queria que soubesse que ainda não a lavei, só para sentir seu cheiro, seu doce, sua essência.
 Lembrei-me de como parecíamos duas almas brilhantes e singelas em um mundo desesperado. E de como é lindo te ver dormir. Eu finalmente entendi aquele velho ditado dizendo que só vamos entender o porquê não deu certo com outras pessoas, quando acharmos a certa. É exatamente assim que me sinto contigo; transbordado, feliz, melancólico, irônico.
 Já havia lhe dito que não procuro por agora explicar como tenho certeza de que é você quem me marcou e marca, e nem quero – porque aí fica muito lógico e racional. Você sabe que não quero te envolver em prensas, mas, como se diz em “Reflections of a Skyline”, meu sentimento não cabe em uma palavra, nem frase. Por isso não a pronuncio; talvez um dia explique isto para nossos filhos, se você quiser.
 Ontem, hoje e amanhã só posso afirmar que o que sinto é um “(...) imensurável, infinito, inabalável, sem fim, intenso, completo, em expansão, ensurdecedor, silencioso, quântico, simples e puro amor.” Mesmo que você nunca mais entre em meu blog ou veja esta tentativa de expressão na tela. Seu amor me pega em cada centímetro do meu corpo e em cada milímetro do meu coração.
 É hora de voltar, mal posso esperar para te tocar, como navalhas que rasgam meu peito. Não é mesmo, amor?