sábado, 10 de julho de 2010

Quem?

Porque passamos tanto tempo nos perguntando quem somos ou nos preocupamos em designarmos aos paradigmas humanos, as leis supostas ou a criação mastigada? O que eu sei é que um jovem pode perder a visão revolucionária do mundo que ele enxergava com tanta indignação e a magia dessa visão volta-se na idade madura; propriamente velha, porque já completamos aquela chamada visão de vida padrão, onde trabalhamos e criamos, aceitamos tudo engolido, somos vítimas do desapego e da apatia social. Voltamos com aquela magia de criança e jovem porque já não temos nada a perder; por isso somos desesperados a viver intensamente o que não vivemos por toda a vida - somos desesperados para morrer e isentos para viver. Pensar? É um requisito, cogitar é um passo para a demanda da sensibilidade e pureza no auge humano. Não digo que todos são puros, mas também nem todos são sujos, tratam-se e tratam outros com o que aprendem. Não julgo ninguém, apenas sou satisfeito por pensar e compreender que jamais poderia ser um velho arrependido, assim, como quem quer viver a vida curta em passagem de uma inteira.