domingo, 15 de maio de 2011

O vento

O vento é uma palavra, um substantivo desintegrado e de inúmeras reflexões. O vento bate em nossa face como quem dá um tapa para acordar e sentir a vida, mas ele também leva maus males, leva sentimentos que ficaram presos para que possamos nos sentir livres. Nos sentir donos de nós mesmos, poder gritar sem medo de ter algum capuz em nossa cabeça, como que em uma lenda herege.
Todo o vento pode nos representar como brisas de impulsos, ora forte como um tornado, outrora como uma brisa suave; porque é simples, é simples de entender que somos humanos vulneráveis ao vento. Ao vento da dor, da alegria e da angústia - não se pode ser forte sempre, mas se pode levantar sempre que quiser.
O vento nada mais é do que um aspecto incluso do nosso ser, sempre inviável a visão direta, mas extremamente discreto; ele sempre está lá. E ele sempre vai nos olhar de acordo com cada brisa que respiramos, deixe-o entrar em ti, deixe-o sentir e levar. Porque é assim, ele leva ou ele deixa partículas do nosso ser.