quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pequenos

Fragmento

Não fique assim, ele dizia
Talvez sua flor não foi para o nariz certo
Merece um olfato mais esperto
Que sinta seu coração ao som do bom dia.

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Fragment

Oh no oh my
Guess we back to bottles again
With sorrow and blowing all the pain
So get your cup as you're broke anyway, don't you be shy.

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Homem II e Meio

Homem perdido, não se perca no síbilo
Não pise tanto no concreto
Seque as lágrimas e ria sem o sombrio
Deixe sua paixão entrar no incerto.

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Katia, pequena

Katia, apague seu cigarro. Chega de apatia
Você sabe muito bem o que se passou na sua mente de agonia
Sua paixão está te esperando na janela
Se finge de esperta, é melhor segurar o choro e descer o drink pela guela

Vamos, corra para sua paixão, desça da plataforma
Você sabe que reza todas as noites para ser salva
Não deixe seu Deus trancar sua apaixonada alma
Abrace quem lhe espera, apoie quem te salva. Enxergue quem te protege do mundo caótico que nos decora

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Duarte

Flor você sabe que outro dia li com dificuldade um texto de um escritor muito célebre na cultura brasileira e eu assim achei engraçado mas ao mesmo tempo trágico eu estou suado após horas de trabalho nesta pescaria grande enorme eu pedi ao português Duarte que escrevesse pra mim eu disse olha seu chefe você escreve por favor como eu falar e quem ler que se vire para entender porque eu preciso dizer eu preciso gritar e expressar essa coisa esquisita que me queima me dá saudade me aperta para valer e eu juro eu falo a verdade eu não cruzei os dedos não pois eu choro falando estas palavras aqui e o Senhor Duarte não ria assim não você não sabe o que é um ser longe da família amigos e amor?
As vezes eu sumo eu sei não é por mal é meu trabalho mas eu tento equilibrar vocês me desculpem eu assim perco o ar porque me vem duzentas palavras na cabeça e eu só falo duas eu não sei eu nem me importo se o português me acha maluco por favor entendam que eu prezo muito vocês peço que não me deixem a solidão é ruim péssima mas eu controlo eu quero abraçar todos que bobo e é meio tolo nesse mundo agressivo. Seu Vinicinho me desculpe adorei o seu fragmento achei intenso e simples quis copiar para mostrar aos meus amigos amigas pai mãe irmãos família que amo e que esse é meu jeito deixa eu secar as lágrimas que já vou trabalhar obrigado Senhor Duarte Seu Vinicinho e a todos que leram.


Obs: Este texto é de total influência do poeta Vinícius de Moraes (Antologia poética - Elegia lírica). Onde o personagem quer se expressar de qualquer modo, acabando por deixar todo recado como algo cômico e ao mesmo tempo, comovente.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Homem II

Qual a sua clareza?
Ele gosta de brindar suas levezas
Criar suas fraquezas
Gingar na sua pureza

Qual é o seu passo?
Ele dança ao compasso
Também se faz duro como aço
Por dentro é cristal, quebra em estilhaço

Qual seria o seu receio?
Mantém os seus ideais mas cogita entre recreios
Brinca com seus anseios
Peca divinamente aos seus meios

Cessem as perguntas, ele é feito de sonhos
Não existe o vulgar no vocábulo de seus contos
Felizmente mantém o equilíbrio emocional
Infelizmente receia ser tão sentimental.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Homem

Havia um homem bastante comum aos olhos de quem o via. Sabia conversar mas não sabia como dizer alto suas palavras de ordem e afeto. Gostava de sonhar, imaginava-se debaixo de uma árvore e o vento batia em sua face, brincava com o fluído suave das folhas sobre sua feição triste.
Criava metáforas com a pessoa que planejava um dia amar. Através do silêncio no abraço na cama quente entre corpos ou num passeio entre as ruas frias de sua natal megalópole.
O homem estava sozinho. Oh sim, sentia o vazio percorrer suas veias como entranhas que se remoem satisfeitas na escuridão. Ele não se lamenta de seus erros, pelo contrário, adora-os por saber que adquiriu experiência neles. Mas ele sente a solidão e clama de um lado ao outro em madrugadas mal dormidas: Quando isso acabará?
A sensação de que você é frágil e impecável, onde seu peito queima a chama mais intensa de saudade e felicidade que te faz sorrir de bobeira. Te deixa na beira da ladeira, tolo e completo. A sensação que nos faz sentir o último dos pecadores e o melhor dos vencedores sobre asas gloriosas de uma fênix renascida das cinzas. O sentimento venenoso e cheio de antídoto. Mas ele está só, ele é só. Lamenta por isso, novamente; se pergunta onde é que foi parar este sentimento que não cai em seu coração já cicatrizado e pronto.
Agora o homem fica de pé em frente a mesa e começa a pensar e andar inquieto, eu o observo com curiosidade e intriga, desde início com este circo de ciclo rotineiro e só. Só.

domingo, 25 de setembro de 2011

Polos da Experiência

Eu sinto esta dor
Que me joga na face os pecados
E me tira os aliados
Mas eu caminho recolhendo meus pedaços
Para assim tornar-me pleno e bom

A dor que me maltrata me mostra o espelho dos mortais
Me serve de experiência e equilíbrio
Assim como estas palavras que escrevo
Sob lágrimas no papel manchado

Esta dor gratificante e humana traz a reflexão
A reflexão dos simplórios e dos perversos
Que choraram a dor da reflexão na chuva
Ou num grito abafado da sua própria gaiola
Na felicidade posterior do alívio e da paz

Esta dor é profunda e essencial
Como um sopro na poeira, cristaliza nossa essência
Dá a chave de nosso cadeado engaiolado
E só assim, remendando e criando novos sorrisos e dores

Podemos sentir e amar
Gritar e chorar, sofrer e percorrer toda frota de nós mesmos
As feridas fazem parte em atingir
A pureza e bondade errônea sem jamais regredir.